Os emissores de stablecoins seguem dominando o jogo dentro do universo cripto
- cinecryptorural
- há 6 dias
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As stablecoins não são só o lastro do mercado cripto — são a verdadeira mina de ouro silenciosa que movimenta bilhões enquanto o resto ainda tenta entender as regras do jogo.
Os emissores de stablecoins seguem dominando o jogo dentro do universo cripto. Eles continuam abocanhando entre 60% e 75% de toda a receita diária dos principais protocolos — desde plataformas de empréstimo e exchanges descentralizadas até sistemas de dívida colateralizada e infraestrutura blockchain.
Essa supremacia mostra o peso desse segmento: as stablecoins se consolidaram como o negócio mais rentável do mercado cripto, servindo tanto como base estável para negociações quanto como garantia segura para operações em DeFi e corretoras.
Tether, dona do USDT, prova isso na prática. A empresa anunciou que deve fechar o ano com US$ 15 bilhões de lucro, operando com uma margem impressionante de 99%, segundo o CEO Paolo Ardoino. Esse desempenho coloca a Tether entre as companhias mais lucrativas do planeta por funcionário. O segredo? Um modelo de negócios focado em lucrar com os rendimentos do lastro — geralmente compostos por títulos do Tesouro americano e ativos de baixo risco. Em vez de repassar esses juros aos detentores das moedas, a empresa os mantém como receita.
Esse modelo agora tem respaldo legal nos EUA, após a aprovação da Lei GENIUS, sancionada em julho. A norma proíbe emissores autorizados de stablecoins de pagamento de distribuir juros ou rendimentos aos usuários, reforçando a ideia de que essas moedas devem funcionar como dinheiro digital, e não como investimento.
Mas o mercado cripto nunca fica parado. Com a concorrência esquentando, novas estratégias começam a surgir. A USDe, atual terceira maior stablecoin, vem desafiando as gigantes ao oferecer rendimento direto por meio de um modelo de “dólar sintético”, reacendendo o debate sobre como o valor é compartilhado dentro do ecossistema.
A Coinbase também entrou nessa jogada, recompensando quem mantém USDC em sua plataforma com 3,85% ao ano — um jeito criativo de contornar as regras da Lei GENIUS, já que o pagamento vem da exchange, e não do emissor da moeda.
Enquanto a Tether mira novos voos com o USAT, sua versão regulada e lastreada em dólar para o mercado americano, o setor se movimenta para conquistar usuários com novos incentivos, modelos híbridos e diferenciação de produtos.
O que está em jogo? Nada menos que o controle sobre o fluxo financeiro mais poderoso do universo blockchain.







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